Consumo Consciente: fatores que mudaram minha maneira de consumir

Consumo Consciente! O termo mais falado do mundo da moda hoje em dia. Mas o que ele realmente significa? O que é consumir de maneira consciente? Um processo de consultoria te ajuda a verdadeiramente consumir de maneira mais consciente?

Nesse texto eu que compartilhar com vocês um pouco da minha história com o consumo e contar como a Re-forma Visual mudou a minha forma de consumir!

A minha história…

Eu cresci em uma família pobre… parte das minhas roupas eram de segunda mão, vindas de parentes com condições melhores.

Apesar da condição financeira restrita, minha avó, que era o arrimo da família, sempre foi bastante vaidosa e como a Rochele, mãe do Cris (quem aí é da época de Todo Mundo Odeia o Cris?), “pobre e soberba”! Kkkkkkkk

Diva eterna!

Mas isso não é uma crítica negativa! Eu aprendi MUITO e com 100% de certeza posso dizer que não fosse por isso eu não teria aprendido a sonhar com um mundo, na época, completamente fora do meu alcance e não estaria aqui hoje, nesse mundo, fazendo o que eu faço!

Mas essa soberba, que é claro que eu herdei em certa medida e que muitas vezes ainda preciso trabalhar, somada a zero educação financeira já me colocaram em muitas enrascadas!

Eu comecei a trabalhar aos 14 anos e gastava T-O-D-O meu dinheiro em roupas e cosméticos. Estava claramente buscando uma compensação por todas as coisas que eu quis e não pude ter, uma recompensa por todas as privações e frustrações.

E além desse comportamento não ser saudável financeiramente, também não o era emocionalmente!

É possível definir consumo consciente?

Pra mim consumo consciente tem a ver com nos relacionarmos de uma maneira mais saudável com nosso corpo, com nossa imagem e com o mercado da moda em si. E tudo que é mais saudável tende a ser também mais EQUILIBRADO!

Pode ser que o seu objetivo com consumo consciente não seja adotar um guarda-roupa cápsula com 30 peças.  E tá tudo bem! Consumo consciente não se resume a simplesmente ter cada vez menos. Mas é fundamental encontrarmos um ponto de equilíbrio e estabilidade! Que satisfaça nossas necessidades de consumo sem comprometer o nosso bolso e nem a nossa autoestima.

E o pulo do gato pra isso é um só: (AUTO)CONHECIMENTO!

É preciso se conhecer e conhecer também um pouco sobre o que se deseja consumir! E é por isso que começar a trabalhar com moda mudou completamente a minha forma de olhar para mim mesma, para o mercado e, consequentemente, a minha forma de consumir roupas, acessórios e produtos de estilo e beleza.

E esses foram os quatro pontos que influenciaram minha mudança na forma de consumir:

1 – CARTELA DE CORES:

Descobrir minha cartela de cores pessoais revolucionou minha vida! Hoje só entra no meu guarda roupa o que é da minha cartela porque eu sei que essas cores me favorecem mais e eu me sinto mais bonita com elas. Mas isso não é regra! Inclusive uma das coisas que eu ensino é como burlar a cartela de cores. E eu mesma faço isso. Na minha cartela os acessórios são todos prateados, mas eu amo dourado e continuo usando mesmo assim. Porém, como todas as minhas roupas são em cores da minha cartela isso acaba gerando um equilíbrio e compensando a cor do acessório.

2 – MATERIAL, MODELAGEM , CORTE E ACABAMENTO

Aqui temos vários pontos em um só e todos eles se resumem a uma coisa só: QUALIDADE.

Qualidade não era um fator decisivo para mim. A lógica era sempre a do mais barato. Acontece que isso tem um preço! E não raro eu voltava pra casa com peças mal acabadas, com costuras que rapidamente começavam a se desfazer, com modelagens tortas, etc.

E acreditem, a qualidade está nos detalhes! Eles fazem toda a diferença em uma peça. E um dos maiores erros das pessoas, se não for o maior deles, é subestimar o poder de uma boa modelagem.

Hoje eu sou muito mais criteriosa e já sei que, mesmo que o preço pareça super tentador, pode não valer a pena se a peça estiver mal cortada ou mal modelada. A grande frustração é que, normalmente, marcas com preços mais acessíveis costumam também ser as que produzem em maiores escalas. E essa produção em larga escala tende a apresentar mais falhas do que uma produção mais artesanal e minuciosa. Mas a conta é bem simples. Uma peça que custou R$50 que vai se desmanchar em 3 lavagens sai muito mais cara do que uma de R$200 que vai durar pelo menos umas 20 usadas!

É super importante termos algum conhecimento sobre tecidos, acabamentos, modelagem. É importante saber avaliar se uma peça está bem cortada, se a costura está bem feita, se aquele tecido vai atender as nossas necessidades de funcionalidade x durabilidade, etc.

Uma vez que você tem alguma noção sobre esses pontos você se torna capaz de avaliar melhor uma compra. E se você sabe o que é mais estratégico para os seus objetivos de imagem fica muito mais fácil decidir quais peças valem um maior investimento, tanto de tempo para procura e escolha, quanto de custo.

3 PREÇO X QUANTIDADE:

Esse é um outro ponto que era guiado pela lógica do mais barato. Tem muita gente que ainda acha que quando o assunto é roupa o que importa é quantidade! E o que eu provo em toda análise de guarda roupa (minhas clientes estão de prova!) é que só quantidade não quer dizer nada. É preciso ter intenção, estratégia, versatilidade. Um monte de mais do mesmo faz você sair de casa igual todos os dias (a.k.a. Mônica). E um monte de roupa barata que não dura nada é desperdício!

4 AMOR:

Por último o ponto mais especial e importante. E talvez o mais difícil de ser colocado em prática!

É preciso AMAR… MUITO! Foi a lição mais difícil de aprender! Parar de comprar qualquer coisa só porque “precisa” ou porque é o que tem.

Sair com expectativa de roupa nova e voltar muitas vezes com as mãos vazias!

Via Unsplash

Mas quando você entende a importância desse princípio norteador tudo muda! Como diz Marie Kondo nossas roupas precisam nos trazer felicidade! Você precisa amar o que você veste, se sentir bonita, poderosa, F.O.D.A!

RESUMINDO!

Em resumo comprar ficou mais desafiador! Mas consequentemente acabou virando um processo mais CONSCIENTE!

E é isso que importa: comprar com consciência, com clareza de para quê eu preciso daquela peça, se ela realmente me favorece e me traz alegria, se ela é estratégica para comunicar o que eu desejo.

Não precisa de radicalismos, não precisa sair dando a louca do armário cápsula e do minimalismo extremo!

Mas com tudo isso em mente a gente acaba, inevitavelmente, valorizando mais o dinheiro que gastamos com roupas e afins, acabamos consumindo de uma maneira mais ponderada, descartando menos, cuidando mais e pouco a pouco isso torna o nosso mundo em um lugar melhor para se viver!

O meu trabalho hoje é ajudar cada vez mais mulheres a passarem também por esse processo de se conhecerem melhor para que possam assumir o seu próprio estilo pessoal. Mas também conhecer a técnica, o conhecimento prático e científico que está por trás de tudo isso!

Conhecimento é poder!

Afinal, você só será livre de fato para escolher se souber o que está em jogo e e o que verdadeiramente te motiva a escolher uma coisa e não outra.

Conhecimento é poder, tanto o conhecimento sobre quem você é, quanto o conhecimento sobre o seu estilo e sobre o seu vestir.

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